FARMACOGENÉTICA E FARMACOGENÔMICA EVIDÊNCIAS DE COMO A GENÉTICA PODE INFLUENCIAR A EFICÁCIA DE FÁRMACOS E A BUSCA POR NOVOS ALVOS FARMACOLÓGICOS

5581 palavras 23 páginas
FARMACOGENÉTICA E FARMACOGENÔMICA.
EVIDÊNCIAS DE COMO A GENÉTICA PODE INFLUENCIAR
A EFICÁCIA DE FÁRMACOS E A BUSCA POR NOVOS
ALVOS FARMACOLÓGICOS

CEGEL - Clínica São Vicente, Rua João Borges, 204, Gávea, Rio de Janeiro. CEP: 22451-100
Departamento de Farmacologia Básica e Clínica, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Instituto de Ciências da
Saúde, Ilha do Fundão, 21.941-590, Rio de Janeiro, RJ.

Autor responsável F. Noel. E-mail: fnoel@pharma.ufrj.br

INTRODUÇÃO
As reações adversas a medicamentos (RAMs) constituem um problema importante na prática do profissional da área da saúde. Sabe-se que essas reações são causas significativas de hospitalização, aumento do tempo de permanência hospitalar e até mesmo de óbito (Einarson, 1993).
Estima-se que a prevalência das RAMs seja na ordem de 1,5 a 15% e que as reações adversas graves ou fatais variem de
0,4 a 2% (Salvia et al., 1999; VENULET & HAM, 1996). Nos
Estados Unidos, por exemplo, as RAMs foram responsáveis por mais de 100.000 óbitos, em 1994, e, atualmente, são responsáveis por 5% de todas as admissões hospitalares
(PIRMOHAMED & PARK, 2001).
As RAMs e a possibilidade de ocorrer interações medicamentosas são respostas que, muitas vezes, estão relacionadas à variabilidade genética individual. Esta variabilidade passou a ser estudada, mesmo antes que as técnicas modernas de biologia molecular permitissem determinar a carga genética individual de receptores e enzimas metabolizadoras, pois já se observava diferenças nas respostas a fármacos, as quais estavam relacionadas a diferenças étnicas.
A susceptibilidade ao álcool por determinados grupos étnicos, por exemplo, foi observada, há mais de cem anos.
Hoje em dia, já é sabido que a baixa incidência de alcoolismo entre japoneses, chineses e coreanos está relacionada a um polimorfismo da enzima aldeído desidrogenase (ALDH).
Esta enzima catalisa a oxidação do acetaldeído no fígado e em outros órgãos e é responsável por produzir sintomas

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