Farinha de Pescado

1720 palavras 7 páginas
1. INTRODUÇÃO

As tilápias (Oreochromis niloticus) são as espécies de peixes mais cultivadas e consumidas no Brasil nos últimos anos. A preferência nacional de consumo da carne de tilápia pelos brasileiros é na forma de filé, e no processo (filetagem) de sua obtenção são gerados resíduos, comumente não aproveitados, e que são descartados, poluindo o meio ambiente (STEVANATO et al., 2006).
Os resíduos (fígado, cabeça, carcaça) de pescado apresentam alto teor de proteínas, minerais e lipídios. O conteúdo lipídico apresenta conteúdos apreciáveis de ácidos graxos poli-insaturados, principalmente da série ômega-3 (n-3) e ômega-6 (n-6). Nestas séries de ácidos graxos, destacam-se os ácidos alfa-linolênico (LNA, 18:3n-3) e linoleico (LA, 18:2n-6). Estes ácidos são considerados estritamente essenciais, ou seja, não são sintetizados pelo organismo humano, sendo necessária a ingestão na dieta (STEVANATO et al., 2006). A transformação destes resíduos em farinha é uma opção de renda para as indústrias, podendo aumentar sua lucratividade.
Os alimentos de origem animal utilizados na formulação de rações para a tilápia do Nilo como as farinhas de peixe, carne, crisálida, vísceras entre outros são classificadas como sendo de alta atracto-palatabilidade, enquanto os de origem vegetal são de baixa atracto-palatabilidade (PEZZATO, 1995). Os resíduos da indústria de processamento do pescado e da pesca podem ter grande potencial como fonte de proteínas para uso na aquicultura, desde que sejam processados de forma correta, pois trata-se de um material altamente perecível. Esse possui uma microflora potencialmente deterioradora e excelente valor nutricional, necessitando de um controle maior na fase de processamento.
A produção de rações comerciais para peixes tem sido, em geral, baseada em farinha de peixe devido à alta concentração de proteína e ao balanceamento de aminoácidos essenciais. A farinha proveniente do peixe também é uma rica fonte de ácidos graxos essenciais, de

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