Fandango e pezinho

Fandango

As danças sulistas são uma das mais belas de todo o Brasil. São caracterizadas por terem sido influenciadas pela presença da cultura europeia, principalmente de imigrantes espanhóis, italianos, portugueses e alemães que se instalaram em colônias.

O Fandango, no Paraná, é uma festa típica dos caboclos e pescadores habitantes da faixa litorânea do Paraná, na qual se dançam várias danças regionais, denominadas marcas do Fandango. Embora já tenha sido executado nas celebrações sediadas em palácios, hoje ele está integrado ao folclore brasileiro. Estas danças desembarcaram nas praias paranaenses pelas mãos dos portugueses açorianos, que tinham forte influência da cultura espanhola, por volta de 1750. O fandango passou então a integrar as comemorações do Intrudo, o ancestral do Carnaval. Durante dias os dançarinos, chamados de folgadores e folgadeiras, praticavam os mais diversos bailados – entre eles Anu, Xarazinho, Xará-Grande, Queromana, Tonta, Dondon, Chamarrita, Andorinha, Cana-Verde, Marinheiro, Carangueijo, Violão-de-Fita, Meia-Canja, Chico, Tiraninha, Lageana, Passeado, Feliz, Serrana, Sabiá, Recortado, Caradura, Sapo, Tatu, Porca, Estrala, Pipoca, Mangelicão, Coqueiro, Pega-fogo. As danças se dividem em dois grupos: as batidas e as valsadas ou bailadas. As primeiras se caracterizam pelo sapateado forte, barulhento, batido a tamanco ou sapato. Esse bater do tamanco se chama em alguns lugares rufar. Nas segundas não há sapateado. É uma espécie de valsa lenta, em que cada dançarino baila em geral com o mesmo par. As marcas valsadas são intercaladas entre as batidas, para descanso dos bailarinos, intercalando-se geralmente uma valsada depois de duas ou três batidas. O sapateado batido a tamanco, com a violência com que é usado, é um exercício exaustivo. Os Fandangos são dançados sempre em recinto fechado, onde o chão seja de madeira, de modo que haja a devida ressonância do batido. O sapateado é feito exclusivamente pelos homens. As