Experiencia de Quase Morte
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1 INTRODUÇÃO A experiência da morte é um fato cercado de mistérios porque ninguém que realmente passou por ela, voltou para relatá-la depois. Mas os estudos e as observações que são feitas pela ciência, nos indivíduos que estão próximas da morte podem trazer alguns esclarecimentos a respeito do assunto. Segundo Souza (2009, p.56) a Biologia e a Medicina definem o que é a morte, quando e como ela ocorre e a Psicologia também é uma das ciências que pode esclarecer este acontecimento, pois ela estuda a natureza da mente humana. Além de ser considerado um mistério, a morte transformou-se em tabu (Os tabus são criados por convenções sociais, religiosas e culturais. São meios de preservar os bons costumes da sociedade limitando a prática de determinados atos ou evitando falar de assuntos polêmicos). Acerca da percepção dos vivos sobre os mortos, Enriquez (1990, p. 37- 38) diz que o tabu está intimamente ligado a essa relação. O morto contém um paradoxo, pois de um lado compreende a sacralidade e do outro a impureza, carrega em si o signo do tabu e com ele, seu poder sobre os vivos, de forma que qualquer aproximação a este signo torna impura também quem o toca. Segundo o médico Pazin-Filho (2005), a morte faz parte integrante da vida e como tal, é objetivo de estudo da medicina. A definição de morte vem sofrendo modificações em decorrência do avanço tecnológico da medicina e da disponibilidade de informação, ficando claro que sua definição deve levar em consideração os valores culturais da sociedade em questão e não somente o conhecimento médico.
A definição mais aceita, em termos médicos, é o término das funções vitais. Amplamente difundida essa definição não é exclusiva da medicina e é utilizada igualmente por leigos. A busca de uma melhor definição de morte trouxe uma série de conflitos de ordem ética, agravados em grande parte pela crise de credibilidade que a medicina moderna vivencia Pazin-Filho (2005).
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