Expansão urbana: um estudo sobre o fenômeno e suas consequências socioambientais
1 – INTRODUÇÃO Não há dúvidas de que a expansão demográfica tem se constituído como uma das principais causas da degradação ambiental. Isto se dá em razão da falta de políticas públicas que estabeleçam o ordenamento no processo de ocupação e a execução de infraestrutura dessas áreas. Na medida em que a população das grandes cidades cresce, as áreas verdes e de mananciais dão lugar às edificações residenciais e industriais. A ausência do poder público no que diz respeito ao controle dessas ocupações irregulares resulta em prejuízos significativos para o meio ambiente. A falta de infraestrutura nesses locais promove consideráveis alterações na biodiversidade, culminando com o desaparecimento dos corpos hídricos, a contaminação do solo e, consequentemente, com o surgimento de doenças entre a população que vive nessas áreas. No Brasil, esse paradigma tradicional de crescimento urbano, caracteriza-se pela formação de uma população de dupla identidade, socialmente representada por uma parcela que usufrui dos investimentos do poder público e outra que vive à margem desses benefícios. Essa disparidade social, acentuada pelo descaso do poder público resulta na péssima qualidade de vida dos menos favorecidos. Os atores desse cenário degradante fazem parte da população de baixa renda que, pressionados pelo baixo poder econômico utilizam as áreas periféricas para se estabelecer em moradias precárias e em condição de vida sub-humana. O presente trabalho faz uma abordagem sobre esta questão, enfatizando os resultados dessas ocupações no âmbito da sustentabilidade. Boa leitura!
2 - O PROCESSO DE URBANIZAÇÃO NO BRASIL Na década de 1940 a população brasileira