existencialismo
Revoltado por o existencialismo estar em moda, tendo seu termo utilizado por pessoas que nem sequer entendem esta doutrina, chega a dizer que o existencialismo deve ser restrito aos técnicos e aos filósofos.
O que torna as coisas complicadas é a existência de dois tipos de existencialistas: por um lado os cristãos, tendo como exemplo Jaspers e Gabriel Marcel; e por outro os ateus, entre eles Heidegger e o próprio Sartre. O que esses dois ramos têm em comum é o fato de admitirem que a existência precede a essência, ou em outras palavras, é necessário partir da subjetividade.
Para os existencialistas cristãos, a fé defende o indivíduo e guia as decisões com um conjunto rigoroso de regras, mas para os ateus, a ironia é a que não importa relativamente ao que um individuo faça para melhorar a si e aos outros. Muitos acreditam que o absurdo da vida é aceitá-la.
Os objetos que possuiriam a sua essência precedente da existência, ou seja, nenhum objeto é criado sem possuir um fim específico. Os homens possuíram a sua existência precedente da essência, pois o homem é uma consequência dos seus atos.
Até o século XVII acreditava-se que Deus produz o homem segundo determinada técnica e em função de determinada concepção (a essência precede a existência). No existencialismo ateu Deus não existe, há pelo menos um ser no qual a existência precede a essência, que está livre de qualquer conceito: este ser é o homem e segundo Heidegger, a realidade humana. Significa que o homem primeiramente existe, descobre-se, surge no mundo, e que só depois se define. O homem de início não é nada, apenas posteriormente será alguma coisa, e será aquilo que fizer de si mesmo. Dessa forma não existe natureza humana,