Exegése de daniel

6834 palavras 28 páginas
EXEGESE DE DANIEL.
1. INTRODUÇÃO.
O livro de Daniel foi tratado algumas vezes como um relato de fantasias de um povo por demais oprimido, ou empregado meramente como veículo para especulação sobre o fim do mundo e para o estabelecimento de datas dos acontecimentos do final dos templos.
Certo é que o livro de Daniel crie no leitor esta impressão de ser um livro de antagonismos. Podendo ser descrito como um dos mais simples ou como um dos mais complexos livros da Bíblia. Partindo da simplicidade histórica de seus seis primeiros capítulos, matéria prima para aulas da Escola Dominical ás visões complexas compreendidas na segunda parte do livro, debatidas e discutidas incessantemente pelos estudiosos da Bíblia. Estes contrastes incluem ainda o uso de dois idiomas no livro: aramaico e hebraico, e o uso predominante de dois gêneros: histórico e apocalíptico. Por esta razão o livro de Daniel devido essa particularidade é fonte de inúmeros debates, particularmente sobre a autoria, historicidade e interpretação da profecia.

1.1. AUTORIA E DATA DE COMPOSIÇÃO DO LIVRO
Desde o início da era cristã e, especialmente, desde o Iluminismo, os críticos são praticamente unânimes em insistir que Daniel não escreveu o livro que leva seu nome e que o livro não surgiu no final do século VI, conforme seu conteúdo sugere. Antes, a notável exatidão das profecias apresentadas no livro, em especial no capítulo 11, sugere a eles que a origem do livro é de meados do século II. Esse ponto de vista tornou-se quase matéria de dogma no meio acadêmico contemporâneo, exceto entre aqueles receptivos à possibilidade da existência da profecia vaticinadora e os familiarizados com a natureza do aramaico em que metade do livro foi escrito e também outras determinadas características dele.
É provável que nenhuma datação de um livro das escrituras haja sido defendida tão veementemente por um lado, e ao mesmo tempo, negada de outro com tanta insistência quanto o livro de Daniel. Eugene H.

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