Evolucionismo

1 - DaMatta apresenta o evolucionismo cultural em quatro principais ideias: A primeira ideia é caracterizada pelo uso do costume como meio de comparação entre as sociedades humanas. Esses costumes são então definidos pelo investigador (que não tinha contato direto com a realidade social pesquisada) e analizados fora de seu contexto, permitindo assim uma análise crítica de estágios sócio-culturais específicos; A característica da segunda ideia é a atribuição de uma origem e um fim aos costumes, em que esse “fim” seria a encarnação da sociedade do observador, havendo então o pensamento implícito de hierarquização cujo apogeu seria a sociedade europeia; A terceira ideia se exprime com a palavra progresso, em que as sociedades se desenvolveriam irreversivelmente de modo linear, tornando-se assim mais complexas. DaMatta relaciona profundamente esse progresso com o Determinismo, cujas características são o movimento da sociedade humana submetido a forças involuntárias (mesmo que essas tenham sido criadas pela sociedade) e a utilização do termo “sociedade” de maneira mais abrangente como unidade de estudo; A última ideia do evolucionismo descrita trata-se da maneira como são vistas as diversidades entre os universos sociais, pensando-se na redução da diferença espacial dentro de uma unidade temporal determinada. Os universos sociais diferentes e estranhos para o observador são colocados como uma parte do seu próprio passado, e dessa forma obtém-se uma considerável redução da diferença pois tudo é visto como etapas de desenvolvimento em que o estágio final do progresso é sua sociedade atual.

2 - As propostas de Taylor em “A Ciência da Cultura” se entrelaçam com as descrições de DaMatta em diversos aspectos, permitindo-nos uma ligação de pensamentos entre os dois autores. Para a ideia de costume como meio de comparação entre as sociedades humanas, Taylor escreve: “A partir da semelhança geral da natureza humana, de um lado, e da