Etnocentrismo
Os nomes mais importantes e de mais influência nesta passagem do etnocentrismo para a relativização foram os nomes de Durkheim, Malinowski, e Radcliffe-Brown.
Radcliffe contribuiu com esta renovação ao ir contra os pensamentos do evolucionismo e difusionismo. Para ele, o tempo presente dos fatos não precisava estar vinculado aos fatos do passado, da história, para ser analisado ou explicado. Este vínculo existia no evolucionismo, que tratava o estudo da história de forma global de modo que a história fosse única para todos, e também no difusionismo, onde a história era tratada de forma individual para cada sociedade e cultura.
Desta forma, Radcliffe adere ao estudo sincrônico das culturas e sociedades e sua independência em relação ao estudo diacrônico da mesma. Onde a sincronia significa dizer que os fatos sociais se estudam e se explicam por si, pelo seu presente; e não pelo seu passado e fatos acontecidos em outras épocas, que é o caso da diacronia.
Neste ponto percebe-se um acontecimento importante na Antropologia, que é a desvinculação da necessidade de se estudar a cultura e sociedade presente através de sua história no passado, fazendo com que a sociedade presente esteja aberta a um estudo mais profundo e detalhado em sua própria natureza.
Radcliffe foi também importante em sua definição de pontos característicos de um complexo social, são eles: estrutura e processo, onde ambos são interligados por um outro fator chamado função. Radcliffe analisou este estudo através de processos detectados como repetitivos e freqüentes em uma sociedade; repetições estas que davam forma a este complexo social que por sua vez poderia sofrer fortes transformações se um destes processos repetitivos fossem excluídos da sociedade.
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