etica

O objetivo deste trabalho é apresentar de forma generalizada o sistema de cotas raciais nas universidades brasileiras atualmente. As cotas raciais são instrumentos de ação afirmativa que surgiram com o objetivo de amenizar as desigualdades sociais, econômicas e educacionais entre raças, favorecendo grupos considerados historicamente excluídos e discriminados, tais como negros pardos e indígenas.
Surgida na Índia na década de 1930 com o objetivo de reverter o racismo histórico contra determinadas classes étnico/raciais, as cotas raciais, são consideradas por muitos como um sistema de inclusão social, gerando controvérsias quanto as suas consequências e constitucionalidade em muitos países. Nos Estados Unidos este sistema surgiu no ano de 1960, com o mesmo objetivo, entretanto, diferentemente do Brasil, beneficiava apenas a classe média negra, ao invés de todas as classes mais baixas do país, sendo assim não interferiu na redução da porcentagem de famílias negras pobres, que atualmente oscila entre 30% da população negra do país. Vale ressaltar que em 2007 a Suprema Corte dos Estados Unidos decidiu que a raça de uma criança não seria requisito preponderante para determinar onde ela deveria estudar. Dado uma prévia do contexto histórico de surgimento das cotas raciais este trabalho teve como foco analisar este sistema no Brasil.
Com visibilidade no Brasil a partir dos anos 2000, em que universidades e órgãos públicos começaram a adotar tal medida em vestibulares, a fim de facilitar o acesso de pessoas menos favorecidas em universidades federais, teve inicio na UnB-Universidade de Brasília, foi dissipando ao longo do tempo para as demais universidades e em 2004 já se tinha este sistema em cerca de 90% das universidades brasileiras. Porem somente em agosto de 2012, esta medida, se estabeleceu na Lei nº 12.711/2012 e foi regulamentada pelo Decreto nº 7.824/2012, que garante a reserva de 50% das matriculas por curso e turno nas universidades brasileiras. Porem tem