Etica

Wanderson Sena Ferreira Rodrigues Silva

Maquiavel: Ser e parecer Ser na Política.
A tradição judaico-cristã e filosófica atribui a Maquiavel a responsabilidade por essa separação, formando desse modo uma nova visão, voltada somente aos fins. Essa concepção passou a ser um dos principais estigmas da filosofia, pois se compreendeu que Maquiavel era anticristão e que suas ideias era arbitrarias, o que impediria uma aproximação da esfera da ética com a esfera da política. Outros interpretes identificaram no pensamento de Maquiavel algo diferente nas relações da ética com política, intitulando-o de imoral e moral.
No entanto, a tradição cultural e politica ainda utiliza o pensamento de Maquiavel como fundador da moderna visão de politica, ou seja, o responsável pela emancipação da politica dos princípios éticos.
A carta dirigida ao amigo Vetorri revela essa aptidão, pois ele afirma: “ não sabendo refletir nem sobre a arte da seda, nem sobre a arte da lã, nem sobre os ganhos e as perdas, convém que reflita sobre o Estado.
Escreveu o O PRINCIPE, um pequeno manual sobre o governo dos principados, destacando a atuação dos denominados príncipes novos. Com a obra, pretendia mostrar como deve agir o líder politico no exercício do poder e também apontar um chefe de Estado que pudesse assumir a função de libertar a Italia. O príncipe em Maquiavel afirma que é necessário a um príncipe, se manter, que aprenda a poder ser mau e que se valha ou deixe de valer-se disso segundo necessidade e que um príncipe prudente não pode nem deve guardar as causas que o determinam cessem de existir.
A rejeição teórica de Maquivel à tradição teológica, filosófica e humanista clássica ocorreu principalmente por considera-las ilusórias, pois não partiam de experiências de sociedades e homens concretos, mas de modelos idealizados. Ao tomar esse posicionamento, o florentino ignorou os conceitos as categorias e as bases nas quais os mais famosos pensadores e eruditos do seu tempo