Etica

De acordo com os códigos de ética da era ditatorial da época de redemocratização do Brasil, a sociedade brasileira foi polarizada pela luta dos setores de democráticos contra a ditadura e logo em seguida, pela consolidação das liberdades políticas que proporcionou uma nova experiência para todos os sujeitos sociais e adquiriram novos estatutos e particularmente para as categorias profissionais o compromisso ético-político e da avaliação da qualidade dos serviços. Para tanto, o Serviço Social no Brasil passou por um profundo processo de renovação, que buscava romper com o conservadorismo profissional e que pudesse manter uma imagem socialmente de comprometimento com a classe trabalhadora.

Neste sentido, o código de ética profissional de 1986 foi uma das expressões daquelas conquistas, através de dois procedimentos como negação da base filosófica tradicional ( conservadora ) que norteava a ética e afirmação de um novo perfil não mais subalterno, mas sim um profissional competente, teoria e técnica. Ainda que este código tenha sido um marco, o amadurecimento do projeto profissional e o processo de luta pela democratização do Estado brasileiro culminaram na sua revisão e na promulgação do código de 1993. Assim tem como princípios fundamentais:

• Reconhecimento da liberdade como valor ético central e das demandas políticas a ela inerentes autonomia, emancipação e plena expansão dos indivíduos sociais;

• Defesa intransigente dos direitos humanos e recusa do arbítrio e do autoritarismo;

• Ampliação e consolidação da cidadania, considerada tarefa primordial de toda sociedade, com vistas à garantias dos direitos civis, sociais e políticas da classe trabalhadora;

• Defesa do aprofundamento da democracia, enquanto socialização da participação política e da riqueza socialmente produzida;

• Posicionamento em defesa da equidade e justiça social, que assegure universalidade de acesso aos bens e serviços relativos aos programas e políticas