estática ( Eng. Naaval)

11346 palavras 46 páginas
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

CENTRO DE TECNOLOGIA

ESCOLA DE ENGENHARIA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA NAVAL

ARQUITETURA NAVAL

Estática de Corpos Flutuantes

Prof. Protásio Dutra Martins Filho
Prof. José Henrique Sanglard

- 1996 -

Capítulo 1
ARQUITETURA NAVAL 1.1 - Introdução Há milhares de anos atrás, quando o Homem adquiriu maior habilidade e se tornou mais ousado, as tribos que viviam perto do mar nele se aventuraram. Construíram jangadas, balsas, escavaram troncos de árvores e rapidamente experimentaram a emoção de se mover na água, impulsionados pelas correntes, ventos ou por um dispositivo auxiliar qualquer. Experimentaram então os primeiros desastres marítimos - seus barcos naufragaram, se partiram, emborcaram ou foram corroídos e vidas se perderam.
Era natural, portanto, que os artesãos construtores de barcos de maior sucesso recebessem o reconhecimento de seus companheiros e fossem considerados arquitetos navais. O arquiteto perspicaz observou, talvez, que o emborcamento era menos freqüente quando usava dois troncos unidos ao invés de apenas um, ou quando utilizava um suporte lateral fixado na embarcação, ou ainda que poderia manobrar melhor com um leme corretamente posicionado.
As experiências desenvolvidas e acumuladas por esses arquitetos primitivos passaram a outras gerações através do tempo: os Gregos construíram seus trirremos e quadrirremos; os Romanos suas galeras; os Vikings produziram magníficos barcos para combate e comércio. Muitos séculos mais tarde, os arquitetos navais estavam projetando e construindo grandes navios a vela para a guerra e para o comércio, baseados ainda no conhecimento transmitido através das gerações, guardados com grande sigilo. Eles aprendiam de forma empírica, por tentativas e erros, pois não tinham outros meios disponíveis. Os desastres e acidentes no mar continuavam. A necessidade de uma abordagem científica dos problemas de Projeto e Construção

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