Estudante

Tratarei nesse trabalho a análise, e preocupação, que três autores desenvolveram em estudos, procurando compreender a formação da identidade brasileira. Deve-se ter em mente que cada qual possuí pensamentos singulares que são providos pela mentalidade de cada período e assim lançaram olhares, muitas vezes opostos, sobre o objeto de estudo. Gilberto Freyre, o primeiro a ser abordado, trará ao seu discurso a ideia da sociedade patriarcal que viveu a sombra da plantação de cana e durante três séculos dominou as relações sociais, políticas e econômicas no “Brasil”. Já Sérgio Buarque que se opõe à essa família patriarcal dominadora e busca em seu trabalho fomentar a necessidade da revolução. Por último Caio Prado Jr., em uma análise as vezes confusa, busca entender o passado colonial para compreender o presente do Brasil. Provendo desse olhar rigoroso sobre as relações sociais, econômicas e políticas que "formaram" a nossa identidade nacional, Gilberto Freyre em seu estudo irá apontar a importância do negro, do mulato e da miscigenação. Para ele a nossa sociedade provêm da organização familiar, com uma economia patriarcal que só atingiu o equilíbrio entre os antagonismos (senhor e escravo) devido as relações que desenrolaram entre si. Ao iniciar o prefácio do livro o autor nos propõe a entender a ideia de eugenia, relacionada a "eliminação" dos seres inferiores e evolução dos superiores. Mas prosseguindo no estudo vemos que no Brasil rompe essas teorias, devido a grande importância dos mestiços para a formação do nosso país. No ano de 1532, a população que ali estava pronta para desenvolver algum tipo de processo civilizador no novo território, começa a expandir relações, muitas vezes sexuais, com os já então habitantes dessa terra. Diz-se que a falta de mulheres brancas, na maioria das vezes, levou o homem branco a se relacionar com as índias gerando assim uma miscigenação que provocou um equilíbrio de antagonismos nessa sociedade que se formava.