Estudante
DARCY RIBEIRO
FICHAMENTO DA DISCIPLINA DE SOCIOLOGIA DO TRABALHO
TEXTO DE MARIA CECÍLIA MANZOLI TURATTI
“ANTROPOLOGIA, ECONOMIA E MARXISMO
UMA VISÃO CRÍTICA”
Campos dos Goytacazes – RJ
Julho de 2014
Capítulo 1 – Inventando o Homo economicus
“Segundo E. K. Hunt, nessa fase inicial do capitalismo, chamada de época mercantilista, os trabalhadores ainda controlavam o processo produtivo, mas repassavam os excedentes, na forma de tributos, aos senhores feudais. Estes, por sua vez, negociavam com os mercadores capitalistas tais excedentes para que fossem, então, revendidos. Para o mercador, sua fonte de lucro era a troca, a compra e venda de mercadorias, sob o princípio de obter um valor mais alto na venda do que o despendido na compra.” (Página 30, parágrafo 2)
“(...) vemos que o desenvolvimento do capitalismo acirrou a concorrência mercantil e os lucros começaram a decrescer. Ao mesmo tempo, os mestres do ofício passaram a controlar e centralizar a atividade produtiva nas corporações, transformando os aprendizes em trabalhadores assalariados lançando-se no mercado como capitalistas produtores, cujos interesses quase sempre se opunham aos dos antigos mercadores capitalistas.” (Página 31, parágrafo 1).
“Como visto, a época mercantilista rendeu reflexões que examinavam em tipo específico de operação econômica e procuravam compreendê-la em si.” (Página 32, parágrafo 3).
“Não obstante, ao contrário da objetividade inexpugnável das leis que moldam a natureza física, as leis 'naturais' da sociedade podem ou não se impor. Para os fisiocratas, há uma configuração necessária - posto que natural - para a sociedade, que só deixará de se desenhar se os homens criarem obstáculos ao desenvolvimento natural das diversas forças que nela atuam. Mas o ideal é que não haja impedimentos para constituição desta sociedade, posto que ela traz benefícios ao homem.”