Estudante

Segundo professor José Paulo Netto, o processo de Renovação do Serviço Social foi um processo que se deu no Brasil de revisão global da profissão nos níveis teórico, metodológico, operativo e político. Caracterizou-se por um conjunto de características novas, como a laicização, que foi uma forma de intervir dos profissionais que se desligam da Igreja, eles deixam de agir de acordo com seus valores morais, pois as novas condições colocadas exigiam uma postura laica dos profissionais; o pluralismo profissional, um pluralismo teórico, ideológico e político, onde há a diferenciação das concepções profissionais tanto no campo teórico quanto na forma de agir; e a interlocução do Serviço Social com as Ciências Sociais pela inserção do Serviço Social no âmbito acadêmico por conta da expansão das agências de formação profissional na Ditadura. A inserção no âmbito universitário possibilitou a aproximação do Serviço Social com outras teorias levando ao questionamento do mesmo. A interlocução com as Ciências Sociais fez com que o Serviço Social se inserir-se na pesquisa e na produção teórica, ele passa a não apenas “consumir” mas também a produzir conhecimento. Este processo fazia crítica ao Serviço Social “tradicional” que até a década de 60 não apresentava polêmicas.
O processo de Renovação do Serviço Social do José Paulo Netto se fundamenta na teoria marxista, busca entender primeiro a dinâmica da totalidade da realidade, o contato mais amplo, para depois entender a dinâmica interna da profissão, procurando saber como Serviço Social responde as demandas que lhe são colocadas.
Segundo Netto, as novas condições instauradas pela Ditadura contribuíram para a reformação do Serviço Social. A expansão do Estado, e consequetemente das políticas sociais, a expansão das instituições estatais, da indústria pesada possibilitaram a expansão também da profissão do Serviço Social.
O novo quadro imposto pelo crescimento econômico, como o crescimento do pauperismo,