Estudante

1. INTRODUÇÃO

Os medicamentos denominados barbitúricos são caracterizados por sua importante ação sobre o sistema nervoso central (SNC) e estão incluídos nas classes medicamentosas sedativo-hipnóticos, anticonvulsivantes e alguns dentre os anestésicos gerais.
A ansiedade e a insônia são problemas que têm afetado em grande escala a sociedade atual. Os agente sedativo-hipnóticos agem deprimindo a função do SNC, provocando calma ou sonolência (sedação). O agente sedativo reduz a atividade, modera a excitação e acalma o indivíduo, enquanto o agente hipnótico produz sonolência e facilita o início e a manutenção de um estado de sono (GOODMAN, 2005).
Os barbitúricos desfrutaram de um longo período de extenso uso como agentes sedativo-hipnóticos; todavia, exceto por alguns usos especializados, foram substituídos, em grande parte, pelos benzodiazepínicos, considerados muito mais seguros. As propriedades ansiolíticas dos barbitúricos não são equivalentes às exercidas pelos benzodiazepínicos, especialmente no que concerne ao grau de sedação produzida. Os barbitúricos têm efeitos euforizantes (GOODMAN, 2005).
Geralmente, a liberação descontrolada de determinados neurotransmissores, podem resultar em neuropatologias, algumas podendo ser altamente degenerativas. O aumento da liberação ou a diminuição da recaptação do glutamato em estados patológicos podem resultar em níveis intracelulares aumentados de Ca²+, lesão celular e maior liberação de glutamato. Em seu conjunto, esses processos podem levar à excitotoxicidade, definida como a ocorrência de morte neuronal causada por excitação celular excessiva. A excitotoxicidade tem sido implicada como mecanismo fisiopatológico em muitas doenças, incluindo a epilepsia, doença caracterizada pela ocorrência periódica e imprevisível de convulsões (GOLAN, 2009; GOODMAN, 2005).
Os agentes farmacológicos utilizados atualmente inibem as convulsões sendo, portanto, denominados anticonvulsivantes. O fenobarbital, barbitúrico mais