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‘Made in Dagenham’ é um filme que retrata a greve das mulheres operárias da fábrica da Ford em Dagenham que protestavam por direitos iguais aos dos homens, principalmente pela igualdade salarial. Essa greve teve início em 1968, pois superiores declaravam as respectivas operárias como trabalhadoras não qualificadas, justificando assim seu salário reduzido em relação aos homens operários da fábrica. À medida que a paralisação não mostrava resultados, as grevistas perceberam que o real motivo de receberem menores salários era o de pertencerem ao sexo feminino. A partir dessa percepção, o protesto voltou-se ao verdadeiro problema, a discriminação sexual. O final do filme mostra a vitória das trabalhadoras por melhores salários, e a promessa de pagamentos independentes do sexo.
Em 1911, foi publicado o livro ‘Princípios de Administração Científica’ de Frederick Taylor, no qual é explicada a teoria do sistema de administração científica, que explica como deve funcionar uma indústria. De acordo com essa teoria, os operários, pessoas com mentalidade limitada, devem seguir à risca às ordens de seus superiores, pessoas que os ensinam as tarefas e comandam todos os processos dos trabalhos realizados. Assim, o trabalhador terá que se render seu máximo e receberá salários mais elevados, o que será sua recompensa. Todo esse esquema resultaria na produção de mais produtos, barateando-os e aumentando a procura, satisfazendo assim o consumidor, o dono da indústria e o operário.
As obreiras de Dagenham trabalhavam nesse modelo de administração. Portanto, os trabalhos qualificados eram os dos seus superiores, que tinham que gerenciar todo o processo de fabricação dos produtos, e elas eram consideradas trabalhadoras não qualificadas, por executarem tarefas de pessoas com mentalidade limitada. É um absurdo fazer tais afirmações sobre operários, pois todos seriam perfeitamente capazes de realizar a tarefa de gerente. No livro de F. Taylor é demonstrado que trabalhadores são capazes