Estilo de Crônica Narrativa

CHÁ DAS NOVE

Ela já foi exclusividade masculina, mas hoje em dia, as mulheres a querem com o mesmo desejo. Faz-se de difícil para nunca perder o seu valor de mercado. Tenho certeza que lucraria um bocado se se tornasse, Ela mesma, um amontoado de ações.
Gosta de andar com as crianças, possivelmente tenha um instinto materno incubado – que infelizmente nunca será preenchido; ainda assim parece não se importar.
O tempo pra Ela é irregular. Enquanto degusta seu café-da-manhã ao pé da cama centenas de ciclos já se fecharam.
Ela é famosa. Tem inúmeras personalidades dentre suas conquistas. E esse fato sempre me deixa a dúvida: será Ela um presságio de boa fama ou tudo é mera sorte?
Helena, esse poderia ser seu nome. Afinal, várias guerras se iniciaram porque proclamaram o seu nome – em alguns momentos em vão, jocosamente. Mas Ela não se importa, Ela afirma que o que vale é ser lembrada e, por que não, idolatrada? Ela delira!
Seu maior arrependimento foi ter seduzido uma jovenzinha de nome Joana. Era uma camponesa como outra qualquer. Na flor da idade. Em confidência Ela me contou que achava interessante o modo como a moça se vestia. A verdade é que Ela é excêntrica, e o incomum a atrai. Para encurtar a história, mais um coração foi sacrificado em nome dEla.
Não posso afirmar ao certo se Ela é uma boa ou má companhia. Creio que tudo dependa das suas intenções para com Ela. Porque acredite, Ela pode entrar em sua mente sem qualquer constrangimento. Dito isto, só posso aconselhar-vos que a convidem para sair apenas se estiverem auspiciosos.
É tempo de rasgarmos o véu. Com a aceitação dEla passo a nominá-la, de agora em diante, pelo seu nome: Liberdade. Talvez agora esse texto se torne mais claro.
Como transcritor é meu dever repassar suas palavras:
“Muitos são os que anseiam pelo meu beijo, pelo sopro da minha boca; raros os que chegam a merecer e, extintos os que fazem bom uso dos meus atributos.
Inexistentes, na verdade. A Humanidade não está