Estigma - notas sobre a manipulação da identidade deteriorada.

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS
DEPARTAMENTO DE SOCIOLOGIA
(FCH116) SOCIOLOGIA III

Resumo do texto:
Estigma - Notas sobre a Manipulação da Identidade deteriorada.
Erving Goffman

Erving Goffman nasceu em Manville, Alberta, Canadá em 11 de junho de 1922 e morreu na Filadélfia em 19 de novembro de 1982. Foi um respeitado sociólogo reconhecido por sua análise da interação humana no comportamento social de rotina, chamado por ele de “Micro-sociologia”. O Estigma, livro abordado neste trabalho, teve sua primeira edição lançada em 1963 e faz uma análise dos conceitos de estigma, identidade social, identidade pessoal, alinhamento grupal, o eu e o outro, o comportamento desviante e os desvios analisando a comunidade desses estigmatizados que é formada por aqueles "engajados numa espécie de negação coletiva da ordem social". O autor começa o seu texto por definir este conceito de Estigma,termo originalmente utilizado por gregos que assim intitulavam escravos, criminosos e traidores que, para uma melhor identificação, eram marcados com cortes ou fogo pelo corpo. O termo passa a denotar uma nova qualidade de pessoas cujo comportamento ou identidade social não condiz com o que é esperado das pessoas “normais”. A percepção que as pessoas “normais” têm de outro indivíduo está diretamente relacionado à sua bagagem de valores morais. O que um indivíduo identifica como normal em outro individuo que a ele se assemelha, assume uma significação diferente no ponto de vista do outro indivíduo estigmatizado. Nas palavras do autor, “ um atributo que estigmatiza alguém pode confirmar anormalidade de outrem, portanto ele não é em si mesmo nem honroso nem desonroso”, “um estigma é, então, na realidade, um tipo especial de relação entre atributo e estereótipo” (pág. 13). Os estigmas estão divididos entre dois tipos: o do desacreditado e o do desacreditável. O estigmatizado desacreditado é aquele cujo estigma é evidente ou conhecido