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Fenomenologia e Gnosiologia

Na análise da atividade cognoscitiva existem dois ramos de extrema importância, que se complementam: a Fenomenologia e a Gnosiologia. Porém iremos centrar a nossa atenção na descrição da atividade cognoscitiva, ou seja, a fenomenologia e referir os pontos centrais da gnosiologia apenas para comparação.
A fenomenologia corresponde á descrição da atividade cognoscitiva ao passo que a gnosiologia dedica-se á sua interpretação. A descrição fenomenológica precede a interpretação gnosiológica porque não pode haver interpretação sem haver primeiro uma descrição do fenómeno.

A partir da observação do esquema podemos concluir que a fenomenologia pressupõe uma observação rigorosa, precisa e objetiva – o sujeito observa o objeto de estudo e conclui que é rigorosa. A análise da fenomenológica não pressupõe a emissão de opiniões ou juízos por parte do sujeito, deve ser imparcial. A fenomenologia pressupõe sempre a análise de fenómenos exteriores. Por outro lado, a gnosiologia já lida com a plurisubjectividade intrínseca á realidade do ser racional e reflexivo.

O grande “pai” da fenomenologia é Edmund Husserl que vai considerar a filosofia como sendo uma ciência de rigor. No século XIX deu-se o auge do positivismo, e só a ciência é que era valorizada e, como tal, a Filosofia é posta de parte. Husserl, na tentativa de reavivar a Filosofia escreve o livro “A Filosofia como ciência de rigor”. Este livro faz um grande retrocesso na história da filosofia mas a descrição incrível do conhecimento na linha de Descartes, compensa. Husserl põe a gnosiologia de parte, centrando-se apenas na fenomenologia, no descrever pois só isso interessa.
Os pontos fulcrais da fenomenologia na perspetiva de Husserl são: - o estudo descritivo dos fenómenos que aparecem á consciência do sujeito, passíveis de serem apreendidos por meio de uma representação. Isto implica uma suspensão dos juízos (époqué) porque na medida em que se pretende algo objetivo somos

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