Esquizofrenia e Paranóia

Núcleo Universitário de Betim
Curso de Psicologia
Clínica da Psicose
Professora Andrea Milagres

RESUMO
“Da Esquizofrenia à Paranóia” – Antônio Quinet

Acadêmica: Ana Luiza Ferreira

Betim
2015
Articulação entre os conteúdos do vídeo Paranóia e Esquizofrenia de Alexandre Simões e do texto “Da Esquizofrenia à Paranóia” de Antônio Quinet.

Esquizofrenia e Paranóia são dois tipos clínicos da psicose, e estão relacionados à foraclusão do Nome-do-Pai, ou seja, para ambos é Outro é quem goza há também uma regressão de acordo com Freud, podendo, combinar entre si, possuindo, porém, algumas diferenças clínicas.
A Paranóia é um transtorno delirante, onde haverá uma regressão ao narcisismo, e pode se manifestar em forma de delírio de perseguição, erotomania, delírio de ciúmes, delírio de grandeza (megalomania), etc., sendo que essas formas de delírio não são necessariamente rígidas / fixas, pois no decorrer do surto o sujeito poderá ou não apresentar um tipo novo de delírio.
Sendo assim, o delírio trará a certeza para o paranóico de que existe o Outro, um Outro que se manifestará de diversas maneiras, de acordo com o seu delírio, estando o gozo localizado no lugar do desse Outro, pois o sujeito paranóico será sempre objeto. Alexandre Simões, em seu vídeo, ao citar Lacan diz que “A paranóia é uma voz que sonoriza um olhar”, que demonstra um olhar constante do Outro sobre o sujeito.
Já na Esquizofrenia, haverá regressão ao auto – erotismo, ocasionando assim em uma desorganização, um despedaçamento do eu, corporal e psíquico, levando a uma dispersão também no sentido. O limite entre o corpo do esquizofrênico e dos objetos a sua volta e aos outros se perde, sentindo que seu corpo está sendo manipulado, está se desfazendo, etc.
Nesse caso o gozo estará disperso, assim como o corpo, a fala e o pensamento também se encontram fragmentados, sendo que este primeiro poderá de espalhar (invadir) todas as instâncias, de forma anárquica, sem ajuste algum e sem haver nada