Escola pitágorica

A escola pitagórica Essa sociedade, a Escola Pitagórica, de natureza científica e religiosa, desenvolvia estudos no domínio da matemática. Eles acreditavam que toda uma série de realidades e fenômenos naturais são traduzíveis por relações numéricas e representáveis de modo matemático, como os fenômenos musicais (quanto maior a espessura das cordas, mais grave é o som), os fenômenos do cosmo (periodicidade do movimento dos corpos celestes) e os fenômenos da vida (estações do ano, dia e noite, tempos de vida). Porque fala-se de pitagóricos em geral, e não de pitagóricos individuais? Em primeiro lugar, não nos é possível distinguir Pitágoras dos pitagóricos, porque Pitágoras não escreveu nada, e dele pouquíssimo se sabe com precisão. A escola que ele fundou não tinha como principal alvo a pesquisa científica, mas a realização de determinado tipo de vida, com relação ao qual a pesquisa científica não era o fim, mas um meio de se chegar ao objetivo.
Por esse motivo, a ciência era considerada um bem comum ,qual todos os adeptos aspiravam e que todos buscavam incrementar, pesquisando e indagando juntos. Essa característica de bem comum da ciência é que acarretou no anonimato das contribuições individuais.
Para entender a afirmação pitagórica que faz do número o princípio de todas as coisas, é necessário recuperar o sentido original e arcaico do número. Para o antigo modo de pensar (e tal modo só seria corrigido por Aristóteles), o número é uma coisa real, antes, a mais real das coisas que, como tal, pode ser princípio constitutivo dos demais.
Desta forma, o universo dos pitagóricos adquiria um novo sentido com relação ao dos jônicos (milesianos). É um universo no qual os elementos contrastantes são pacificados em harmonia; é um universo constituído pelo número, com o número e segundo o