Escola de Chicago

A Escola de Chicago surge em meados do século XIX, e tem maior destaque a partir do início do século XX, tendo como proposta de análise a interpretação da realidade social a partir da interpretação das consequencias acelerado processo de industrialização e urbanização que a sociedade americana passava naquele período, como o aumento das práticas criminosas, da violência, o aumento populacional e o surgimento das favelas.
Influenciada pela sociologia de Durkheim e Spencer, a escola de Chicago inova no método de análise sociológica, dedicando-se à análise empírica baseando-se em dados primários, coletados pelos próprios pesquisadores, fazendo surgir assim os estudos biográficos que caracterizam a Escola de Chicago. Este método trás a tona, assim, uma série de conceitos que fazem relação com a vida cotidiana dos indivíduos em seus aspectos mais minuciosos, ponto no centro da ótica da pesquisa o indivíduo.
As temáticas mais abordadas pelas pesquisas da Escola são acerca da criminalidade e da imigração nas metropoles daquele período histórico, a partir década de 1920. A partir do método de observação empírica através de análises biográficas, etc, define-se como objeto da sociologia a cidade com seus movimentos e patologias sociais, as relações raciais, os comportamentos da massa, etc, e surge o conceito de "ecologia urbana", que é o entendimento da cidade como um corpo formado por orgãos, que é estudado através do mapeamento da cidade de chicago como uma técnica para a aplicação do método de análise empírica.
Com o desenvolvimento desse método de divisão espacial para análise, vêm a tona a ideia de segregação espacial atrelada à segregação social - quanto mais longe do centro da metrópole, na periferia, maior a incidência de criminalidade, pobreza e violência. Essa ideia pode também ser vinculada à ideia da formação de um habitus dentro de um determinado espaço ocupado por um determinado grupo social, evidenciando assim a influência de uma situação social na