Esclerose Multipla

1. ASPECTOS MÉDICOS DA ESCLEROSE MÚLTIPLA
1.1. Conceito
A esclerose múltipla é uma doença neurológica crônica, que acomete mais frequentemente adultos jovens, porém pode acometer crianças e adultos depois dos 60 anos. A esclerose múltipla é mais comum em mulheres do que em homens e ocorre mais frequentemente em indivíduos de cor branca do que em hispânicos ou negros, e é relativamente rara entre os asiáticos.(SMITH e SCHAPIRO, 2000)
A doença é mais comum em áreas de clima temperado, como por exemplo, na Grã-Bretanha, Escandinávia, norte da Alemanha, Canadá e norte dos Estados Unidos, sendo bem menos comum nos trópicos e em áreas ao redor do mar Mediterrâneo, e é desconhecida entre os povos africanos. (SMITH e SCHAPIRO, 2000)
A doença não é diretamente herdada, mas aparece em indivíduos geneticamente pré-dispostos, o que faz a ciência concluir que descendentes dos povos do norte europeu e da região central da Europa, bem como os que seus ancestrais se miscigenaram com estes povos, parecem ter uma pré-disposição maior para a doença. .(SMITH e SCHAPIRO, 2000)
1.2. Etiologia
Ainda não foi descoberta a causa da doença, porém acredita-se que a causa provável seja um vírus, ainda não identificado. Sendo a esclerose múltipla uma doença autoimune, que significa que o próprio organismo ataca um tecido ou órgão normal, na esclerose múltipla o ataque acontece contra a mielina do sistema nervoso central, envolvendo os neurônios, ocorrendo a desmielinização. .(SMITH e SCHAPIRO, 2000)
Conforme os estudos de prevalência da doença realizados pelo Callegaro (2005), a maior concentração da doença nas regiões distantes da linha do Equador, não se explica pela localização geográfica, e sim, pelos atributos genéticos da população residente nessas áreas. São as características genéticas que definem a incidência de esclerose múltipla entre os indivíduos, e não o local onde residem.
Fatores ambientais também são considerados possíveis desencadeadores da doença, bem como, eventos