Epistaxe

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INTRODUÇÃO
Epistaxe é definida como o sangramento proveniente da mucosa nasal. Calcula-se que 60% da população adulta já tenham apresentado ao menos um episódio de epistaxe, na maioria das vezes auto-limitado e sem maiores conseqüências. Estima-se que apenas 6% dos casos de epistaxe necessitem de intervenção médica para contenção do sangramento e a taxa de mortalidade por epistaxe maciça seja de menos de 0,01%.
No Pronto Socorro da Divisão de Clínica Otorrinolaringológica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo são atendidos mais de 100 casos de epistaxe mensalmente. Muitos desses pacientes não apresentam sangramento ativo no momento da consulta, contudo, a procura ao Serviço é motivada pela ansiedade do paciente com relação à gravidade e eventual recorrência da hemorragia.

Considerações Anatômicas
As fossas nasais são irrigadas pelos sistemas das artérias carótidas interna e externa, com múltiplas anastomoses que formam o tecido erétil dos cornetos superior, médio e inferior (localizados na parede lateral) e do septo nasal.
O sistema da artéria carótida externa provê a maior parte do fluxo sangüíneo nasal. A artéria esfenopalatina (ramo da artéria carótida externa), as artérias etmoidais anterior e posterior (ramos da artéria oftálmica) e a artéria labial superior (ramo da artéria facial) são as principais responsáveis pela irrigação sangüínea das fossas nasais.
Uma extensa rede anastomótica entre as artérias palatina maior, esfenopalatina e labial superior na porção anterior do septo nasal constitui o plexo de Kiesselbach ou área de Little, de onde se origina a maior parte dos sangramentos anteriores, uma vez que os vasos sangüíneos são revestidos por uma delgada membrana mucosa nesse local. Já o plexo de Woodruff localiza-se na região posterior da fossa nasal, junto à coana, e é origem da maior parte dos sangramentos posteriores.
Fatores etiológicos
Clinicamente, a epistaxe é classificada em anterior ou

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