ensaio de Tracção
Guia para o Trabalho Laboratorial n.º 5
ENSAIO DE TRACÇÃO – PROVETE METÁLICO
1. Introdução
O conhecimento das propriedades mecânicas dos materiais é essencial para a sua selecção e aplicação nos vários domínios de Engenharia, já que permite caracterizar o comportamento de um dado material quando submetido a esforços de natureza mecânica1. Dada a facilidade de execução e a reprodutibilidade dos resultados obtidos, o ensaio de tracção é o ensaio mecânico mais utilizado1. As condições de realização do ensaio de tracção de metais à temperatura ambiente, bem como a geometria e dimensões dos provetes, encontram-se descritas na Norma NP EN 10 002-12.
O ensaio de tracção consiste na solicitação de um provete normalizado do material em estudo na sua direcção axial, com velocidade de deformação constante, até à fractura. O provete é fixado à máquina de tracção através de dispositivos apropriados (amarras). A força uniaxial crescente é imposta e medida através de células de carga. A aplicação da força provoca uma deformação progressiva do provete na direcção da solicitação, que pode ser registada em contínuo através de extensómetros. É de referir que é importante manter a axialidade da força aplicada durante o ensaio, de modo a garantir uma distribuição uniforme de tensões na secção transversal do provete.
A monitorização do sinal da célula de carga e do extensómetro permite obter uma curva da deformação em função da força aplicada, F (curva força-deformação). A partir destas medidas pode ser traçada uma curva tensão nominal-extensão nominal. A tensão nominal Ra é a tensão média no provete, e obtém-se dividindo a força F pela área inicial da secção transversal do provete, S0:
R = F / S0 [N/m2 = Pa]
A extensão nominal é a percentagem de deformação sofrida pelo provete e obtém-se dividindo a deformação do provete pelo seu comprimento inicial. A curva tensão nominal-extensão nominal representa, portanto, a