Enfermeira
DEPRESSÃO NO IDOSO: UMA ABORDAGEM SOBRE IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS CREIDELICE BENETTI
1. INTRODUÇÃO
No Brasil, segundo dados do Instituo Brasileiro de Geografia e
Estatística
(IBGE) a população idosa chega a 14,5 milhões ou seja, 9,1 % da população já atingiu 60-65 anos (idade estabelecida para idosos em países em desenvolvimento). Pode ser considerada uma das maiores populações idosas do mundo ultrapassando a França, Itália, e Reino Unido. Por esse motivo o envelhecimento no Brasil requer planejamento na saúde pública para atender a demanda de idosos que poderá chegar a mais de 30 milhões em 2025. Para isso, os idosos necessitam de cuidados e uma boa qualidade de vida, tornando-a prazerosa, digna e confortável. Durante o envelhecimento ocorrem muitas fases de transformação. As instituições que abrigam idosos necessitam de adaptações que possam preservar as qualidades de independência do idoso afim de que o envelhecimento não seja apenas um processo que leva ao fim da vida (SILVA et al, 2006). Segundo Camarano (2004), o envelhecimento feminino é uma questão de gênero, que na população idosa, estima-se em 55%.
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Estudos realizados com pesquisas qualitativas constataram que no Brasil existem aproximadamente 200 mil abrigos para idosos, sendo mulheres uma grande porcentagem dos asilados. A institucionalização de idosos acelera as perdas funcionais já que os mesmos são submetidos às rotinas estabelecidas e perderam seus direitos de expressar desejos e deveres. Raramente há propostas de incentivos à independência e autonomia. Muitos apresentam uma boa aceitação asilar referindo considerar os colegas como “família”. Outros relatam à convivência asilar como “depósito de velhos”, pois perderam o contato com familiares, amigos e vizinhos, com o meio social e a independência, além de sentirem-se enganados com falsas promessas de retorno para casa ou terem sido levados aos asilos à revelia ( PAVAN et al., 2008). Com o crescimento da população idosa,