Enfermagem

Arborização Urbana

De acordo com BARBOSA (2005), o ecossistema foi modificado por um agente ativo do meio, o homem, o qual criou para si seu habitat próprio, denominado “cidade”, por meio de um processo denominado urbanização. Produto de ações sociais, econômicas e biológicas de indivíduos, este ambiente torna-se um ecossistema adaptado às necessidades da espécie humana.
Assim, atualmente 84,35% da população brasileira habitam na zona urbana (IBGE, 2010). As cidades, resultantes do processo de urbanização, apresentam grandes áreas de sua superfície com solo impermeabilizado aumentando o índice de reflexão. É o maior ponto de interferência antrópica no ecossistema devido à absurda concentração populacional e a maneira como surgem, desenvolvem-se e como são organizadas, apresentando-se quase sempre como um agente degradante da qualidade de vida (KIRCHNER et al., 1990; MILANO, 2000; DALCIN, 2000).
Isso faz com que o ambiente natural sofra muitas mudanças, tais como a redução da cobertura vegetal, impermeabilização do solo e aumento da poluição hídrica, atmosférica, sonora e visual, afetando diretamente a qualidade de vida da população urbana (GONÇALVES et al., 2004).
Para MENEGHETTI (2003), a urbanização ocasiona uma intensa ocupação dos espaços, causando conflitos entre árvores, automóveis, obras de construção e equipamentos públicos necessários para suprir a oferta crescente de serviços de infraestrutura às pessoas.
Desta forma, a radiação solar durante o dia e a reflexão durante a noite são favorecidas pela concentração exagerada de construções e pavimentação, resultando em um fenômeno denominado “ilhas de calor”, o qual provoca um diferencial de temperatura significativo se comparado a locais com vegetação (LIMA, 1993).
Segundo SANTOS (2000) presença de árvores diminui a agressividade causada por edificações, atenuando a poluição visual gerada por construções e redes elétrica e telefônica.
SANTOS (2002) afirma que revestir um local com árvores seja em