Energia

Na área de condicionamento de energia existem alguns mitos criados mais por falta de informação do que por comprovação prática. Um destes mitos é o do transformador isolador.
Podemos afirmar que o transformador isolador, quando aplicado com o intuito de condicionar a energia elétrica - tratando de resolver as anomalias e deficiência da rede como as descritas nos doze itens apresentados neste artigo, apresenta muito pouca utilidade.
Muitos empregam ainda o transformador isolador com o objetivo de separar os terras em instalações elétricas. Mesmo neste procedimento há controvérsias, pois os melhores especialistas em aterramento sempre aconselham concentrar as malhas de terra em um único ponto, principalmente em instalações prediais e industriais.
Por outro lado, o transformador isolador tem sido aplicado especificamente na área de áudio e vídeo para melhorar as condições de funcionamento destes equipamentos em relação aos ruídos de interligação de chassi e cabos, conforme foi melhor analisado no item 3.5 - Redes Desbalanceadas.
Usualmente são empregados núcleos toroidais para implementar este tipo de transformadores. As vantagens inerentes a este núcleo são três em relação aos núcleos EI:
1) Irradiam pouco campo magnético;
2) Por trabalharem com alto fluxo magnético, são menores e mais leves;
3) Possibilitam uma melhor regulação à variação dinâmica de carga por apresentar menor perda nos enrolamentos.
Por outro lado as desvantagens em relação ao núcleo EI são:
1) O processo de inserção de chapas adiciona naturalmente 'gaps' (espaçamentos preenchidos de ar) ao núcleo EI aumentando a imunidade a grandes dV/dt do primário ao secundário, como os que ocorrem nos transientes de alta energia;
2) Por possuírem menor capacitância de acoplamento entre primário e secundário os núcleos EI melhoram também a reatância capacitiva à transferência de transientes entre esses enrolamentos.
Estas características já não ocorrem nos nobreaks e regeneradores de rede com