Egito é lugar de acomodados

Egito é lugar de acomodados

Esta semana estava refletindo sobre mudanças e novas oportunidades, e o Senhor Deus me trouxe à memória o capítulo 14 do livro de Êxodo, quando o povo de Israel, recém-saído do Egito, interrompe a caminhada diante do Mar Vermelho. Já sabendo que faraó e seu exército estavam se aproximando, eles questionam a Moisés (v.10):

“Ao aproximar-se o faraó, os israelitas olharam e avistaram os egípcios que marchavam na direção deles. E, aterrorizados, clamaram ao Senhor. Disseram a Moisés: ‘Foi por falta de túmulos no Egito que você nos trouxe para morrermos no deserto? O que você fez conosco, tirando-nos de lá? Já não lhe tínhamos dito no Egito: Deixe-nos em paz! Seremos escravos dos egípcios! Antes ser escravos dos egípcios do que morrer no deserto!’ ”.

Nesse contexto bíblico, quando falamos de Egito associamos o nome a um lugar sombrio, de lamentações, lágrimas e escravidão. Mas quando analisamos o trecho acima, constatamos que no ponto de vista de muitos israelitas que seguiam Moisés, o Egito era de certa forma uma “zona de conforto”. Lá eles tinham o que comer, onde se acomodar e desde que cumprissem com suas obrigações diárias não eram incomodados pelos seus opressores.

Não podemos culpar as pessoas por terem demostrado medo naquele momento. No entanto, os comentários dos israelitas demonstravam não só pouca fé, mas principalmente que eles estavam aparentemente acomodados com a vida que levavam no Egito. Quando lemos essa passagem bíblica temos a impressão de que essa aparente acomodação cegou os israelitas para o fato de que por mais que tivessem uma vida relativamente normal no Egito, eram escravos, e a única coisa que podia mudar isso era sair daquele lugar para outro onde eles seriam livres, uma “terra que mana leite e mel”.

O grande problema foi a travessia no deserto, que do nosso ponto de vista é local de sofrimento e tristeza, mas do ponto de vista Deus é local de moldagem, de crescimento. Seria mais cômodo pegar um