Efeito corona
O efeito corona é um fenômeno altamente relevante em termos de isolação do sistema do motor elétrico, perante as várias características que interferem no perfeito funcionamento do mesmo.
Segundo (WEDY, 2009), o efeito corona é a consequência da ionização do material isolante, fazendo com que ocorram descargas eletrostáticas, esse efeito acontece devido à alta concentração de campo elétrico presente nesse sistema. Esse campo elétrico de alta concentração tem a capacidade de acelerar elétrons livres existentes ao redor, conforme os elétrons ai existentes vão possuindo energia do campo elétrico, esses são capazes de produzir novos elétrons a partir do choque com outros átomos. Conforme a aceleração do elétron no campo elétrico, ele pode colidir com átomos de oxigênio, nitrogênio e outros gases presentes, perdendo nessa colisão parte de sua energia.
No caso dos motores elétricos esse fenômeno se da pelo mesmo principio, mas se o campo elétrico suficientemente alto for obtido, segundo (WEG, 2006), a rigidez dielétrica do ar pode ser rompida e produzir consequentemente ozônio (O3) através do oxigênio (O2) que é ionizado devido a grande quantidade de energia do campo elétrico, o ozônio produzido é altamente nocivo aos componentes orgânicos que compõem o sistema de isolamento.
Uma das grandes preocupações em diminuição de custos e de projeto em maquinas elétricas se da pela isolação e a qualidade do material isolante de bobinas e fios do mesmo, de acordo com WEG (2006), o sistema isolante do motor está diretamente relacionado com o tempo de ocorrência de falhas em motores devido à qualidade e a homogeneidade do sistema de impregnação para com os condutores, isso ocorre devido ao isolamento do motor conter bolhas de ar, ou seja, o material impregnante do isolamento não fica devidamente preenchido em todos os espaços das quais pode gerar descargas parciais.