Educação
2.1 Um breve histórico sobre a educação do campo
Pensava-se que o problema a ser resolvido para a educação fora das cidades decorria apenas da localização geográfica e da baixa densidade populacional isso implicava a necessidade de percorrerem grandes distancias para o atendimento de um numero reduzido de alunos que tinha conseqüências diretas nos gastos para manutenção do Ensino Rural.
O modelo escravocrata utilizado por Portugal (mais tarde adotado pelos próprios brasileiros) para colonizar o interior do país de exploração pelos proprietários de terra quais eram negados direitos sociais e econômicos gerou um forte preconceito aos povos que vivem no campo.
O Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova que foi lançado em 1932 buscava diagnosticar e propor rumos as políticas educacionais e exaltava a organização de escolas democráticas que possibilitasse especializações para atividades de preferência intelectual ou de preponderância mecânica que proporcionasse mesmas oportunidades para todos
Contudo, a separação das classes populares e a educação das elites não só perdurou como foi explicitada nas Leis da Educação Nacional publicadas em 1942. Com o objetivo do ensino secundário e normal seria “formal as elites condutoras do país” e do ensino profissional seria a “formação adequadas aos filhos dos operários, aos desvalidos de sorte e aos menos afortunados”.
Na década de 60, preocupados com o crescimento do numero de favelados nas periferias dos grandes centros urbanos, a educação rural foi adotada pelo Estado como estratégia de concentração do fluxo migratório do campo para a cidade, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1961 estabeleceu “os poderes públicos instituirão e ampararão serviços e entidades que mantenham na zona rural escolas capazes de favorecer a adaptação do homem ao meio e o estimulo de vocações