Educa o libert ria

1240 palavras 5 páginas
INTRODUÇÃO

Para falarmos sobre educação libertária precisamos compreender em um primeiro momento o que é o libertarismo e do que se trata a liberdade proposta por este movimento, bem como suas formas de manifestação e organização dentro do processo histórico. Tal compreensão é possível através da análise do discurso dos chamados pensadores libertários ou teóricos anarquistas que servem de base para formulação dos ideais do movimento, bem como a relação estreita, apesar de não esclarecida, que existe entre estas linhas de pensamento e algumas correntes filosóficas.

DO ANARQUISMO

O anarquismo1 pode ser compreendido atualmente como um posicionamento político-filosófico, e não como a ausência deste, que tem sua trajetória traçada paralelamente a dos movimentos revolucionários da Europa e da América do Norte na segunda metade do século XVIII.2 Walter aponta que comportamentos favoráveis à Anarquia existiram durante mais de dois mil anos, e muito antes que surgisse o Anarquismo. Escritores dissidentes da Grécia e da Roma antigas, da China e da Índia antigas condenaram a autoridade e reivindicaram a Anarquia. Mais próximo de nós, autores como William Godwin, em 1793, ou Max Stirner, em 1844, por exemplo, refletiram sobre a Anarquia. Movimentos insurrecionais e comunidades utópicas, no transcurso da história, aboliram as formas tradicionais de governo sem adotar novas, ao menos durante um tempo. Experiências marcantes foram iniciadas na Europa e na América nos séculos XVIII e XIX. Mas a evolução da teoria e das práticas anarquistas no seio de uma ideologia anarquista permanente dependiam de uma estreita adequação entre as idéias e os atos.

Devemos nos atentar, porém, ao utilizarmos o conceito de anarquia atrelado a esses pensamentos “primitivos” com ideais comuns ao pensamento anarquista, visto que o contexto em que se inserem são anteriores a própria noção de liberdade que serve de base ao movimento. Fugimos deste modo, da entrega ao anacronismo, realizando

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