ECONOMIA NO BRASIL ATUAL
'Se existe uma avaliação de que as medidas necessárias a uma política de desenvolvimento não teriam base política, isso tem que ser explicado à sociedade', avalia ex-porta-voz da Presidência da República por Eduardo Maretti, da RBA publicado 18/03/2015 19:33, última modificação 19/03/2015 18:54
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ARQUIVO/RBA
"O governo Dilma, no primeiro mandato, foi muito corajoso na política econômica", diz cientista político
São Paulo – A crise vivida pelo governo Dilma Rousseff no início do seu segundo mandato tem aspectos políticos, desencadeados principalmente pelo confronto com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), econômicos, decorrentes da adoção de uma política oposta à que o eleitorado da presidenta esperava, e jurídicos, como consequência da Operação Lava Jato.
Para o cientista político André Singer, embora o governo Dilma, no primeiro mandato, tenha sido “muito corajoso, entre meados de 2011 e final de 2012, tentando alavancar a economia com industrialização e distribuição de renda”, o início do segundo ficou comprometido com a frustração causada pela adoção de soluções que, como o ajuste fiscal, contradizem a plataforma de campanha. “Se a presidente Dilma não tinha a avaliação de que poderia desenvolver essa política (desenvolvimentista), não deveria ter feito a campanha nesses termos. O eleitorado costuma não perdoar esse tipo de mudança”, diz Singer, em entrevista exclusiva à RBA.
Por isso, analisa, o governo precisa “insistir em reativar a economia brasileira e resolver o problema dos gastos públicos por meio do aumento de receitas que adviria da própria reativação da economia”.
Ex-secretário de redação do jornal Folha de S. Paulo, ex-secretário de Imprensa do Palácio do Planalto e ex-porta-voz da Presidência da República, cargos exercidos no primeiro governo de Luiz Inácio Lula da Silva, o professor do departamento de Ciência Política da Faculdade de