Economia de Mercado e o Capitalsmo

TEXTO 1 -

Capítulo 1: ECONOMIA DE MERCADO E O CAPITALISMO

Na Idade Média a produção de mercadorias era artesanal, realizada em unidades pequenas, em geral por um número reduzido de pessoas muitas vezes ligadas por laços de parentesco. Eram comum nas cidades ou regiões os produtores do mesmo tipo de produto se juntar em corporações de ofício, para evitar concorrência mútua.

Havia também um “preço justo” onde a “corporação” limitava o volume da produção, fixando o número de unidades de produto e o número máximo de trabalhadores por unidade. Assim, eles impediam que o excesso de produto afetasse o seu custo.

Ainda nessa época, esse tipo de organização era avesso a mudanças, valorizava a tradição e a defesa das vantagens adquiridas no passado. Comparando com os dias de hoje, essa economia era o avesso do capitalismo, em que se visa à competitividade, a valorização do custo e das inovações tecnológicas.

Com as grandes navegações no século XVI e a interligação do mercado mundial surge o capitalismo. Uma nova forma de vender e comprar mercadorias (açúcar, tecidos,algodão, ouro e prata) de países distantes com uma facilidade nunca antes vista. Surge agora uma nova economia visando somente os lucros. O capital que até então se limitava à circulação de mercadorias e valores, penetra na produção, tornando-se manufatureiro. Surgem, na Europa, empresários capitalistas que empregam grande número de artesãos e produzem em massa para o mercado.

Com o capital manufatureiro surge a necessidade de unificação de medidas e moedas o que descontenta as corporações e a nobreza local. Levando ao surgimento da concorrência. Enquanto isso em outros países, como Brasil e Índia, o comércio manufatureiro era gerenciado pela Inglaterra, grande potência da época. E por ser uma grande potência, a Inglaterra investia em manufatura e conseguindo, deste modo, reduzir os custos de produção, barateando seus artigos, que começaram a se tornar competitivos com a produção doméstica.