DROGAS NA CONTEMPORANEIDADE

R.S.Cerqueira e R. Hora

RESUMO

Este ensaio aborda o tema das drogas na contemporaneidade, que acompanha a história da humanidade e ainda é um assunto enfrentado pela sociedade brasileira. É discutido o conceito, a utilidade e finalidade do uso das drogas, assim como, o sintoma da toxicomania. O texto envolve uma reflexão sobre os contextos e fatores que levam as pessoas a se drogarem, sobre a visão da questão da dependência química pelas políticas públicas e pela população, sobre a questão polêmica da legalização e descriminalização da maconha no Brasil, e se a internação compulsória é uma prisão ou solução para os usuários de drogas lícitas e ilícitas. Através de dados estatísticos, procura problematizar a questão das drogas legalizadas frente às ilegais, e a sua repercussão sobre a sociedade e medidas do governo diante dessa situação. Demonstra a atuação ineficiente do governo no tratamento dos viciados, os interesses por detrás dessas medidas e o posicionamento da população sobre essa questão contemporânea

INTRODUÇÃO Os seres humanos são organismos altamente complexos que possuem necessidades básicas, tais como, comer, beber, respirar, dormir, e necessidades específicas como o a socialização e realização pessoal. Dentre essas necessidades, o hedonismo (busca do prazer), é tão necessário e importante quanto às outras necessidades, e é praticada desde os primórdios da humanidade. O vinho, o chá, a cerveja, o guaraná, o café, a papoula e outras drogas psicoativas, foram produzidos e utilizados pelo homem, em diferentes contextos sociais, culturais e religiosos e com diferentes finalidades. Algumas drogas tinham fins terapêuticos, como analgésicos, anestésicos, estimulantes e tranquilizantes e outras fins comerciais, como a aguardente e o açúcar, que eram exportados mundialmente no período da América colonial. As drogas são uma das formas encontradas para sentir prazer, pois provocam alterações emocionais, psicológicas e mentais