doutora

analise comparativa dos multiplicadores fiscais

1. Introdução
A política orçamental é uma política económica que utiliza como instrumentos as componentes do orçamento (os gastos públicos, os impostos e as transferencias) para amortecer as flutuações dos ciclos económicos, constituindo, por isso, um dos elementos fundamentais para a estabilidade macroeconómica.
A política orçamental está enquadrada na função de estabilização, onde o Estado tenta obter a estabilidade do sistema financeiro, evitando desequilíbrios e trazendo os ajustes necessários na procura agregada, e em cada caso, controlando a inflação ou reduzindo o desemprego.
Os principais objetivos da política orçamental são: acelerar o crescimento económico, o pleno emprego de todos os recursos produtivos da sociedade; estabilidade de preços, visando não ocorrer grandes oscilações nos indicadores gerais de preços.
Uma política orçamental prudente (no sentido do equilíbrio das finanças públicas, evitando a acumulação insustentável da dívida pública e a persistência de défices orçamentais excessivos) favorece o crescimento económico.
A política orçamental foi proposta por Keynes como forma de combate ao desemprego gerado na Grande Depressão Económica da década de 1930.
Uma política orçamental expansionista é a tomada de medidas económicas que objetiva gerar um aumento da despesa pública ou redução de impostos. Os mecanismos utilizados são: aumento da despesa pública para aumentar a produção e reduzir o desemprego; redução dos impostos para aumentar o rendimento disponível, induzindo um aumento de consumo e investimento das empresas, ou seja uma expansão da procura agregada .
Ao contrário, uma política orçamental contracionista consiste na tomada de decisões que visa uma redução de gastos governamentais ou o aumento dos impostos, ou uma combinação de ambos. Todas essas medidas causam variações na taxa de juros e na taxa de câmbio. Os mecanismos utilizados na política orçamental contracionista