doping

DO CONCEITO DE DOPING E SEUS PILARES
Apesar de importante, pertinente e fundamental banir-se o doping e as práticas dopantes das competições desportivas, sejam por processos educacionais de conscientização coletiva, sejam por mecanismos preventivos ou mesmo repressivos e desencorajadores de tais práticas, a falta de consenso sobre a conceituação de doping e ato de dopagem constitui-se em dificuldade para uma explicação lógica, técnica e coerente de seus objetivos e pressupostos, sustentados nos pilares de manutenção da saúde física e mental do atleta, respeito aos princípios éticos e manutenção do equilíbrio da competição através do chamado jogo limpo.
Ao se justificar que o bem a ser tutelado é a saúde do atleta e, por conseguinte não lhe é permitida a utilização de inúmeras substâncias consideradas como proibidas por atingir sua integridade física ou mental, tal justificativa torna-se pueril e risível quando da restrição do álcool apenas para determinadas modalidades e permitido para outras, como se a nocividade e os efeitos deletérios para a saúde da pessoa fossem dependentes do tipo de esporte praticado e não da substância ingerida. Acreditar nisso seria o mesmo que dizer aos praticantes de arco e flecha e automobilismo que seus fígados não serão afetados pelo álcool se passarem a jogar futebol ou basquete, ou ainda que jamais ficarão bêbados atuando nestas modalidades.
Acrescente-se e ressalte-se que nenhuma integridade mental pode ser mantida sob o manto do terror e da perseguição de um código draconiano de fazer inveja aos princípios da “Santa Inquisição”, criado, aceito e mantido, submissa, conveniente ou permissiva e imprudentemente como único método utilizável e eficaz de combate ao doping, mas que na realidade apresenta um viés obscuro utilizado na manutenção de monopólios econômicos de cortes arbitrais, laboratórios e até mesmo de profissionais que se locupletam com o sistema extremista repressivo, já vivenciado em nosso País por outros motivos