Dois nomes e um movimento

DOIS NOMES E UM MOVIMENTO:
CARÈME e ESCOFFIER e a resposta da NOUVELLE CUISINE

A história da culinária francesa tem início na Idade Média. Nessa época as refeições francesas eram muito similares às da cozinha espanhola. Com a chegada dos mouros em 711 d.C., a cozinha marroquina passa também a influenciar o paladar francês. As refeições eram servidas num estilo chamado service en confusion, ou seja, eram servidas todas de uma vez e consistiam em carnes temperadas como as de porco, boi, aves e peixes. Em muitos casos eram determinadas pelas estações do ano e de que alimento se encontrava em abundância. As carnes eram salgadas e defumadas a fim de serem preservadas. Os vegetais também eram salgados e colocados em jarras a fim de serem preservados durante o inverno. Durante esse período a apresentação dos pratos também era muito importante. Quanto mais fartos e coloridos, melhor e os cozinheiros usavam itens comestíveis como açafrão, gemas de ovos, espinafre e flor de girassol para dar cor. Um dos jantares mais extravagantes dessa época era cisne ou pavão assados os quais tinham a pele costurada e as penas colocadas de volta a fim de parecerem intactos. Os pés e os bicos eram cobertos com uma camada de ouro para completar o espetáculo. Durante os séculos XV e XVI os franceses foram fortemente influenciados pelos avanços da culinária italiana. Muitas dessas influências foram devidas a Catarina de Médici, uma princesa florentina que se casou com Henrique, futuro Duque de Orleans e rei Henrique II da França, no ano de 1533. Os chefs italianos estavam anos luz à frente dos especialistas da culinária francesa e já tinham começado a criar pratos como lasanha e manicotti. Também já tinham experimentado ingredientes como trufas, alho e cogumelos. Quando Catarina casou-se com o rei Henrique II, ela levou consigo chefs italianos que por sua vez introduziram as práticas da culinária italiana na corte francesa. Apesar das culturas culinárias desses dois