Doença holandesa e a desindustrialização

PUCCAMP – PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS
CAMPUS CENTRAL - CURSO DE DIREITO

DOENÇA HOLANDESA E A DESINDUSTRIALIZAÇÃO
Trabalho apresentado para avaliação na disciplina de Economia Brasileira, do curso de Direito, turno noturno, da Pontifícia Universidade Católica de Campinas

CAMPINAS - SP
2012
DOENÇA HOLANDESA E A DESINDUSTRIALIZAÇÃO

Chama-se desindustrialização o fenômeno de mudança socioeconômica causada pela redução da capacidade industrial de um país, ou ate mesmo a sua eliminação. A entrada excessiva entrada de capital estrangeiro em um país valoriza a moeda nacional. Com isso, há um aumento na importação de produtos industrializados, ameaçando a industrialização do país. Essa entrada de capital estrangeiro pode ocorrer como no Brasil, pela exportação de produtos agrícolas e minerais.
Para que se verifique um processo de desindustrialização, há um conjunto de causas a serem analisadas. E que envolvem praticamente todos os setores da economia.
Rowthorn e Ramaswany (1999) definem a desindustrialização como sendo uma redução persistente da participação do emprego industrial no emprego total de um país. O crescimento do setor industrial e o aumento de sua produtividade resultam em uma menor necessidade de mão-de-obra deste setor, o que faz com que esta seja distribuída a outros setores, como o de prestação de serviços.
Por sua vez, as políticas cambiais e monetárias dão origem à valorização da moeda interna o que estimula as importações e prejudica as exportações. Para George Reisman (2002), a inflação contribui para este fenômeno, pois acarreta numa distorção dos cálculos econômicos necessários para operar empresas de capital intensivo e faz os investimentos necessários para sustentar as operações dessas empresas não lucrativas. A apreciação da taxa real de câmbio que resulta da valorização dos preços das commodities e dos recursos naturais no mercado