Doença Holandesa

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO
FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO, CONTABILIDADE E ATUÁRIAS.

Trabalho de Teoria de Desenvolvimento Econômico

Doença Holandesa e o Caso Brasileiro.

Alunos: Barbara Grassi Rodrigo Fauser
Professor: Nelson Marconi
São Paulo, 1º semestre de 2013
1. Conceito O Termo “Doença Holandesa” (Dutch Desease no original) é utilizado para denominar o fenômeno que ocorre quando há, por parte de um país, queda nas exportações de produtos manufaturados quando existe um aumento nas exportações de outros produtos (normalmente primários como recursos naturais, mas pode ser considerado caso haja um forte aumento de preço em qualquer mercadoria ou qualquer outra razão que gere um alto fluxo de entrada de capital estrangeiro). Isto ocorre, pois produtos naturais (commodities, por exemplo) tendem a ser exportados em grande quantidade, criando um alto fluxo de moeda estrangeira o que leva a valorizar a moeda local. Com isso, os produtos deste país ficam, comparativamente, mais caros, prejudicando assim a competitividade daqueles produtos que possuem maior valor agregado, criando assim uma redução em sua demanda. O nome Doença Holandesa foi criado pela revista The Economist em 1977 em denominação ao caso holandês de queda das exportações de manufaturados após a descoberta no final do anos 50 de grandes reservas de gás natural no Mar do Norte que viriam a ser exportadas alguns anos depois. O País que até então não exportava este tipo de produto, passa a ter uma grande entrada de moeda estrangeira, valorizando o Florin (moeda da época) tornando os produtos que eram tradicionalmente exportados, menos competitivos internacionalmente, fazendo com que o que parecia ser uma positiva nova fonte de renda, passe a se tornar um fator negativo na economia, gerando um processo de desindustrialização. Segundo Bresser Pereira (2008), a doença holandesa é o fenômeno da valorização da taxa de câmbio, provocada pela