Documentário Ônibus 174

1215 palavras 5 páginas
Aspectos sociológicos do documentário Ônibus 174, sobre a perspectiva da concepção do controle social e o Direito.

O filme começa com um plano aéreo mostrando o belo percurso do ônibus da linha 174, que trafegava da Favela da Rocinha, passando pelos cartões postais das praias de São Conrado e Vidigal e pela Avenida Niemeyer até chegar ao Jardim Botânico, onde aconteceu a tragédia. Ônibus 174 narra a história de Sandro Nascimento, um jovem que num ato de desespero seqüestra um ônibus em plena zona sul do Rio de Janeiro. O diretor do filme, José Padilha, tem o cuidado de tratar em paralelo, o seqüestro e a vida de Sandro, baseado em imagens reais de arquivo, entrevistas e documentos oficiais sobre o caso. Seus caminhos são trilhados por frustrações e perdas, primeiramente pela morte prematura de sua mãe, Clarice, que era uma pequena comerciante de São Gonçalo, e foi brutalmente assassinada diante de seus olhos, quando ainda era uma criança de 9 anos de idade. Essa cena o traumatizou e na verdade sempre esteve por trás de suas atitudes. O filme, longe de tentar justificar a criminalidade que padece o nosso país, tenta mostrar uma dura realidade que muitas vezes preferimos não ver. Para isso, o diretor se utiliza recursos como os estigmas preconceitos e pré – conceitos produzidos diariamente pela sociedade, sustentados pela alienação. Nas palavras de uma das reféns, Sandro foi a maior vítima da história. O que não deixa de ser verdade. Sim, culpado por um seqüestro e a morte de uma inocente. Mas ao mesmo tempo, ele é vítima de um Estado ineficiente, cujas instituições corretivas são na verdade fábricas de criminosos. Sandro é vítima também de uma sociedade que não dá a menor importância para a criança abandonada – constatação muito bem ilustrada em cenas que mostram crianças fazendo malabarismos em frente a sinais de trânsito, enquanto os motoristas fechavam os vidros dos carros e olhavam para outros lados. O episódio do ônibus 174, protagonizado

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