Dióenos, o cão

2334 palavras 10 páginas
Universidade Federal de Santa Catarina
Centro de Filosofia e Ciências Humanas
Curso de Filosofia

“O próprio bronze envelhece com o tempo, mas tua glória, Diógenes, nem toda a eternidade destruirá; pois apenas tu ensinaste aos mortais a lição da autossuficiência na vida e a maneira más fácil de viver”. Escrito sobre o túmulo de Diógenes, o cínico.
O Homem Diógenes nasceu em Sínope, no ano de 413 a.C, exilado de sua cidade natal mudou-se para Atenas, onde passou a viver nas ruas. Diógenes foi o primeiro pensador conhecido como cínico termo extraído do grego kynikos, esse termo quer dizer “parecido com cão”, dai ser conhecido como Diógenes, o cão, já que do mesmo modo que os cães faziam suas necessidades na rua, ele também. Diógenes desprezou todas as formas de hábitos sociais, viveu em estado tão natural quanto foi possível. Os cínicos defendiam uma vida em harmonia com a natureza. Os cínicos ficaram conhecidos por serem diretos e verdadeiros, mas eram conhecidos principalmente por viverem em público como os cães, livres e indiferentes ás normas estabelecidas pela sociedade. Na época o que para a sociedade grega era visto como vergonha e pudor, os cínicos viam como naturalidade. Os cínicos pensavam diferente da tradição, eram contra as regras visadas pelo social, contra a cultura que dominava, contra os valores da cidade. Ainda que não fosse uma escola, os cínicos compartilhavam posições e atitudes que os uniam num movimento, em aspectos gerais caracterizados assim: a) privilégio da prática da virtude sobre a ciência da virtude, com o consequente menosprezo a todo intelectualismo; b) a vida virtuosa é uma vida feliz e a vida feliz é viver de acordo com a natureza, vale dizer, não-ter-necessidade-de-nada; c) a felicidade está ao alcance de todos desde que se viva disciplinadamente; d) a essência da vida feliz é o autodomínio, a força da alma, que suporta todas as adversidades exteriores; e) a vida assim

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