DISTU ELETROLITICO

PROTOCOLO CLÍNICO – DISTÚRBIOS HIDROELETROLÍTICOS

1. OBJETIVOS

Padronizar a abordagem diagnóstica e terapêutica dos pacientes com distúrbios hidroeletrolíticos nos HUPD.

2. DESCRIÇÃO

2.1 HIPONATREMIA

2.1.1 DEFINIÇÃO
Sódio plasmático < 135 mEq/L.

2.1.2 ABORDAGEM DIAGNÓSTICA
O primeiro passo é a avaliação da osmolaridade plasmática:

Osmolaridade alta: considerar hiperglicemia. Tendo-se como base uma glicemia de 100mg/dL, para cada aumento de 100mg/dL, acima do valor basal, acrescer 1,6 mEq/L ao valor do sódio. Exemplo: glicemia = 500, sódio = 130 / sódio real = 130 + (4 x 1,6) = 136,4mEq/L.
Osmolaridade normal: considerar hiperproteinemias (como o mieloma múltiplo) ou hiperlipidemias.
Osmolaridade baixa: considerar a hiponatremia “verdadeira”. Diante desses cãs, os o passo seguinte consiste na avaliação do estado volêmico do paciente:
Hipervolemia: considerar insuficiências cardíaca, renal e hepática.
Normovolemia: considerar hipotireoidismo, insuficiência adrenal, síndrome de secreção inapropriada do hormônio antidiurético (SSIADH) e infecção pelo HIV.
Hipovolemia: o paciente pode estar perdendo sódio por via renal ou extra renal. Solicitar sódio urinário:
Sódio urinário >20mEq/L: uso de diuréticos, acidose tubular renal, síndrome cerebral perdedora de sódio.
Sódio urinário 20 mEq. As principais causas são:
Medicamentos: diuréticos (tiazídicos, de alça), corticóides.
Acidoses tubulares renais: distal (tipo I) e proximal (tipo II).
Síndromes: Barter, Gitelman, Liddle.
Hiperaldosteronismo: primário, Cushing, estenose de artéria renal.

2.3.3 QUADRO CLÍNICO
Variável, o paciente pode ser assintomático ou apresentar parestesias, fraqueza generalizada, tetraplegia flácida, rabdomiólise, íleo paralítico, poliúria (por diabetes insipidusnefrogênico), alterações do ECG (onda P apiculada, alargamento do QRS, onda P aplainada, surgimento da onda U, arritmias complexas) e parada cardiorrespiratória (PCR).

2.3.4 TRATAMENTO

2.3.4.1