Direito
Aluna: Evellen de Souza Silva Batista
Data: 08 de março de 2013
Direito Matutino – 2º Semestre
Vigiar e Punir - O Corpo dos Condenados
O capítulo “O Corpo dos Condenados” do livro Vigiar e Punir (Michel Foucault) relata um novo poder de julgar em um período histórico que marca a transição entre a utilização dos suplícios como medida efetiva de política criminal e a aplicação de sanções mais brandas, característica presente nos sistemas penais do mundo ocidental.
Foucault inicia o capítulo com a narrativa da tortura, suplício e esquartejamento de Damiens, que fora condenado, a 2 de março de 1957, a pedir perdão publicamente diante da porta principal da Igreja de Paris, aonde devia ser levado e acompanhado numa carroça, sem roupas. Ele teve seu corpo queimado e por fim esquartejado como forma de pagamento pelo crime cometido.
Com esta narrativa, Foucault apresenta um exemplo de suplício, que é tudo que provoca grande sofrimento moral, castigos corporais, intensa e prolongada dor física. Logo em seguida, também narra a história de como utilizar o tempo dos condenados, a exemplo da Casa dos jovens detentos de Paris.
Neste capítulo, Foucault apresenta a evolução do estilo penal ao mostrar a diferente forma de punir o condenado na época de Damiens e na época dos detentos de Paris e a principal diferença está no desaparecimento dos suplícios, quando o corpo deixou de ser o alvo da punição.
A Inglaterra, em 1760, passou a utilizar uma máquina de enforcamento, que foi aperfeiçoada e passou a ser uma guilhotina, onde o condenado teria a cabeça decepada, evitando o lento e cruel sofrimento.
Com o passar do tempo, o que era considerado motivo de festa, de espetáculo, passou a ser tratado com repúdio, passou a ter apenas o lado negativo, a execução pública passou a ser vista como um estimulante de violência e o homem deveria se afastar do crime não por medo da tortura, mas sim pela certeza de ser punido. No princípio do século XIX, o