Direito

Introdução
Com este trabalho pretende-se falar do uso da capulana nas cerimónias, podemos constatar que quando se esta a andar nas ruas quase sempre encontramos mulheres vestindo a capulana coloridas que são as cores que pintam as ruas de Moçambique. De norte a sul de Moçambique não há mulher que não use a capulana. A capulana não serve apenas como indumentaria, ela e usada em todas as fases da vida: nos rituais de iniciação, para carregar bebes- uma capulana especial chamada ntehe, para cobrir o morto, para decorar a casa, para carregar doentes, para cobrir o corpo, usa-se como toalha ou cortina, na mudança de casa e em viagem como embrulho de trouxa. E usada por ambos os sexos, sendo porem a mulher que lhe da mais destaque. A capulana não é para uso exclusivo das camponesas, como se possa pensar. As mulheres urbanas, que em geral se vestem a maneira ocidental, usam-na como traje para casa ou em certas cerimónias familiares. As mulheres e raparigas cobertas com capulana, dão vida e cor as ruas.

A capulana como documento histórico
A avó, em dia de boa disposição pode chamar a neta para lhe mostrar as capulanas guardadas e falar-se do passado. Os desenhos das capulanas podem representar diversos acontecimentos passados, contemporâneos da chegada de uma nova capulana as lojas, dão nome a essa capulana. Pode ser a prisão de Gungunhana o imperador de Gaza. Talvez evoque uma grande epidemia que vitimou a região, ou a visita dum dirigente político depois da independência. Cada capulana fala desse acontecimento social histórico. A avó certamente não tem toda a história passada no seu baú, mas tem capulanas bastantes para relembrar a neta coisas antigas de que elas são os documentos. Nem sempre a capulana se refere a um acontecimento histórico ou de âmbito social a escala nacional. As vezes recordam apenas qualquer passada numa comunidade, numa aldeia ou num bairro citadino. Os detalhes da capulana podem representar apenas uma intriga ou