Direito

Nossa herança lingüística
Conectar. Expressar. Enunciar. A linguagem significa o modo de serem expostos os pensamentos por meio da comunicação entre membros de um grupo. É por meio dela que a sociedade alcançou seu atual estágio de desenvolvimento técnico-científico, corroborando no amadurecimento mental dos seus indivíduos. Inicialmente voltada unicamente à comunicação intermembros, a linguagem assimilou com o desenrolar da história aspectos relativos à sua real função no meio social. As intrínsecas mudanças nas conjunturas econômicas, política e jurídica que marcaram o processo histórico foram de primária importância na configuração de novos cenários sociais, nos quais preponderavam novos princípios relativos à ética e à moral. O desenvolvimento do estudo sociológico fomentou esse novo cenário social, permitindo que a linguagem assumisse um patamar mais amplo. A linguagem passou a ser objeto de estudo científico, se desvencilhando da antiga concepção restritiva característica das primitivas sociedades. Como se pode ver, a linguagem passou a ater-se a um aspecto mais lato da sociedade. O seu estudo científico, a Lingüística, não se ateve unicamente a aspectos ligados à sintaxe, morfologia e fonologia, mas se expandiu para os estudos relativos à sociolingüística, psicolingüística e análise de discursos. Não é difícil observar, portanto, que a linguagem assumiu hegemônica participação no meio jurídico, tornando-se meio idôneo e imprescindível para a resolução de conflitos expressos em nossa hodierna sociedade. Juridicamente, é pela linguagem que ocorre a manifestação da vontade para que os atos jurídicos se promovam e as convenções ou os contratos se formalizem, validamente. É por meio dela que as informações do mundo jurídico são transplantadas para o cenário social para que seus membros possam estar cientes dos acontecimentos que ocorrem diariamente e de forma natural no campo do Direito. Para tanto, a linguagem deve ser expressa de forma clara e