didática

A pedagogia histórico-crítica no quadro das tendências críticas da educação brasileira
O crítico-reprodutivismo e seus limites A pedagogia histórico-crítica vai tomando forma à medida que se diferencia no bojo das concepções críticas. Ela se diferencia da visão crítico-reprodutivista, uma vez que procura articular um tipo articular um tipo de orientação pedagógica que seja crítica sem ser reprodutivista. Esta visão crítico-reprodutivista desempenhou um papel importante em nosso pai, porque de alguma forma impulsionou a crítica ao regime autoritário e à pedagogia autoritária desse regime, a pedagogia tecnicista. De certa forma, estas teorias alimentaram as reflexões,as análises daqueles que em nosso país se colocavam na oposição à pedagogia oficial e à política educacional dominante. Houve algumas objeções levantadas contra a pedagogia histórico-crítica que costumam assumir a forma de falsas dicotomias.Uma primeira dicotomia é aquela que se expressa na oposição entre forma e conteúdos. Segundo essa objeção.a proposta em questão seria conteudista, e, nesse sentido, desconsideraria as formas, os processos e os métodos pedagógicos. É como se o conteúdo, o saber sistematizado não interessasse a pedagogia enquanto tal. Daí surge o problema da transformação do saber escolar, tendo em vista que o método é essencial ao processo pedagógico. A segunda é a socialização versus produção de saber, onde é possível articular a questão da relação forma e conteúdo com a da socialização do saber produzido. A objeção que vem sendo formada é a seguinte: “falar em socialização do saber elaborado é voltar a Durkheim, que já dizia que a função da escola é socializadora”. A terceira dicotomia, saber versus consciência, sustenta que a pedagogia histórico-crítica estaria dando mais importância à aquisição do saber do que da consciência crítica. Ora, tal objeção pressupõe que é possível desenvolver a consciência a margem do saber. É como se o acesso ao saber pudesse ser feito