Deus e a filosofia cristã

DEUS E A FILOSOFIA CRISTÃ

Uma discussão formada através de séculos, é sobre a existência de um ser supremo, no qual, a partir dele, teria sido gerado todo e qualquer ser humano. Por um lado, vemos os gregos, com sua experiência filosófica, trazendo ao Homem, muito mais que simplesmente as descobertas físicas do mundo, mas também as descobertas que estão além da compreensão dos sentidos, sendo logo, descobertas metafísicas. Por outro lado, vemos os judeus, com sua experiência religiosa, pregando a divindade de um único Deus.
E nesse ponto, vemos que tanto a filosofia grega quanto a religião judaica, entram em um consenso, de que havia um ser supremo. Enquanto, o Deus judeu, se identifica como “EU SOU O QUE SOU”, Platão vai dizer que o ser supremo é “AQUILO QUE É”. Sendo assim, tanto os pais da filosofia, quanto os pais da religião, estão a admitir que “alguém” ou “algo” que sempre existiu, que de alguma forma foi o responsável pela existência de todas as outras coisas.
Para Plotino, esse ser absoluto era o Uno. E da fecundidade do Uno, nasce o Intelecto. Porém, enquanto o Uno não pode ser afetado pela dualidade do ALGUÉM e do ALGO, o Intelecto é exatamente afetado por ela, sendo ele ligado ao conhecimento completo. O Intelecto não é o Uno. Ele é inferior a ele.
Mas se para a religião, existia apenas um Deus, como admitir a existência de outro ser, originado a partir desse Deus e que está acima de todas as outras coisas criadas? Santo Agostinho, então, vai dizer que o Uno é de fato o Deus do cristianismo, a primeira pessoa da Trindade. E apoiado pelo início do Evangelho de São João, vai dizer que o Intelecto é o Verbo.
Após Agostinho, surgem outros pensadores, tanto cristãos, como de outras correntes filosóficas, que partindo de toda a teoria criada por Plotino, sobre a questão do Uno e do Intelecto, vão tentar metafisicamente provar a existência de Deus. Um deles, ao qual podemos dar destaque é Santo Tomás de Aquino, que usufrui da filosofia aristotélica